A Cúmplice
Juca Chaves
Eu quero uma mulher que seja diferentede todas que eu já tive, de todas tão iguais.
Que seja minha amiga, amante, confidente;
A cúmplice de tudo que eu fizer a mais.
No corpo tenha o Sol, no coração a Lua,
A pele cor de sonho, as formas de maçãs,
A fina transparência, uma elegância nua,
O mágico fascínio, o cheiro das manhãs.
Eu quero uma mulher de coloridos modos,
Que morda os lábios sempre que for me abraçar.
No seu falar provoque o silenciar de todos
E seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.
Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda,
Que possa dar jeitinho a tudo que fizer,
Que ao sorrir provoque uma covinha linda;
De dia, uma menina; a noite, uma mulher.
Análise da Música:
A sátira, onde o eu lírico expressa o seu desejo em conquistar uma mulher na
qual ele almeja encontrar, uma mulher diferente das demais, como se refere no
título que quer uma cúmplice, que esteja ao seu lado em qualquer momento.
O
eu lírico quer várias mulheres em uma só “uma mulher diferente... amiga,
amante, confidente...”. Coisa que é difícil de um homem reconhecer essas
qualidades em uma mulher, só mesmo um homem romântico, apaixonado que faz da
mulher igual às outras, ser simplesmente diferente de todas.
Na
segunda estrofe o eu-lírico estabelece um padrão de beleza para a mulher que
ele quer, comparando-a com elementos da natureza. Já na terceira estrofe
descreve como a amada deve ser com ele, como quer ser tratado e a forma que ele
tem que se comportar.
Juca
chaves coloca um pouco de malicia, dando para observar pela interpretação da
música “Que morda os lábios sempre que for me abraçar... De dia, uma menina; a
noite, uma mulher”.
Por
fim esta mulher tem que ter tudo o que ele quer para poder ser bem recebida e
ao mesmo tempo ser linda, menina e mulher. A música representa uma cantiga
trovadoresca.